terça-feira, 25 de março de 2008

Guerra do Iraque - a conta após 5 anos

O número de soldados dos Estados Unidos mortos no Iraque atingiu o patamar dos 4 mil, depois que um ataque à bomba, ontem à noite, em Bagdá, matou quatro militares americanos.

No mês em que a ocupação completa cinco anos, outros números impressionam e, mesmo não sendo suficientes para compreendermos o custo humano das sociedades envolvidas nessa ocupação, ajudam a acalorar o debate sobre os custos dessa guerra.

Dos 4 mil soldados mortos, 40 tinham apenas 18 anos; cerca de 160 eram mulheres.

Outros números:

- 504 civis, não-iraquianos, foram mortos desde maio de 2003.
- 174 jornalistas (incluindo intérpretes e guias) foram mortos desde maio de 2003.
- 29765 soldados americanos desde que a ocupação começou, em março de 2003.
- 81964 à 89448 (dados imprecisos) é o número de civis iraquianos mortos. Porém, as estimativas sobre o total de civis iraquianos mortos podem variar, sendo possível chegar a centenas de milhares.

Fonte: ABC News

segunda-feira, 24 de março de 2008

Lázaro Ramos, a entrevista - Final

Lázaro Ramos, fotografado por Simone Talarico-Ross, no Balboa Park, em San Diego.

STR: Lázaro, você trabalhou em filmes onde seus personagens são bem diferentes. Você foi de “Madame Satã”, passando por “O homem que copiava”, “Meu tio matou um cara”, “Carandiru” e outros, chegando agora em “Saneamento Básico, o filme”. Como você escolhe seus papéis? Hoje em dia tem mais uma escolha consciente. Poder escolher é uma coisa mais recente. Na verdade eu dei muita sorte no início, porque eu fui chamado prá fazer personagens muito distintos. E eu gostei disso, gostei de exercitar o lado oposto em cada personagem que eu fosse fazer. Tanto é, que se você for perceber, geralmente depois que eu faço uma comédia, eu faço logo um drama, aí volto prá comédia. Eu gosto muito de exercitar o meu trabalho em coisas que eu ainda não fiz anteriormente. Então geralmente quando alguém me convida prá um trabalho muito diferente eu já fico com olho brilhando prá fazer!

STR: Como você compõe os seus personagens? Sempre através da intuição, em primeiro lugar. Eu venho de uma formação de teatro de improviso. E isso faz com que a gente fique muito maleável. E eu trouxe isso para o cinema e para o teatro também. Cada trabalho que eu faço, eu procuro inventar uma técnica diferente. Se for preciso fazer laboratório e morar na Lapa, como eu fui na época do “Madame Satã”, eu vou. Se for preciso me anular e apenas respeitar o roteiro e falar como está escrito, como eu fiz no “O homem que copiava”, eu faço. Eu tenho a impressão que eu começo os personagens do zero, eu nunca venho com os conceitos que eu conheço, como ator.

STR: Como é o Lázaro no dia a dia? Eu acho que eu sou parecido com o personagem que eu tô fazendo agora, na novela Duas Caras. Eu faço um jovem que tem uma grande adimiração pelo padrinho dele e esse jovem tem um potencial muito grande mas ainda não tinha caminhado para o mundo. E eu acho que, até pouco tempo, eu fui assim. Eu sou muito apegado às minhas origens, à família. E isso é uma coisa que esse personagem tem. Outra característica que eu tenho é ser muito bem humorado, algo que vem da minha mãe.

STR: Você vive da sua arte desde 2000, você se sente privilegiado por viver de arte num país como o Brasil? Eu faço parte de um pequeno grupo de privilegiados, porque o Brasil é um país que tem muito talento, mas são poucos os eleitos que conseguem sobreviver dessa profissão. Eu fico muito feliz em fazer parte disso e por isso procuro fazer sempre com responsabilidade. É um misto de orgulho com consciência da responsabilidade que eu tenho também, por ser um desses poucos eleitos.

Lázaro Ramos, recebendo a homenagem feita pelo San Diego Latino Festival
STR: Você é um crítico do seu trabalho? Sempre! Todos os filmes meus que eu assito, eu vejo primeiro os defeitos, depois as qualidades. Eu sou muito crítico! Só na terceira vez que eu vejo o filme, é que eu consigo ver as qualidades.

STR: Fale um pouco desse seu personagem em Duas Caras, um protagonista negro, na novela das oito (que, na verdade, passa às nove da noite). O personagem é o primeiro herói romântico negro de uma novela das oito, no Brasil. Acho que é um grande passo. Eu acho que a gente não pode é parar por aqui. Existe uma grande parcela da população que precisa se ver representada, nós somos consumidores e também queremos nos entreter vendo as nossas histórias. E eu acho que é por isso também que tem crescido a inserção de atores negros no entretenimento, no Brasil – no cinema, na televisão, no teatro. Porque tem um público que consome isso e diz: “Ah, eu quero ver isso também!”. E tem uma outra coisa também, eu tenho com essa tese aí e vou estudar mais isso com cuidado. Eu acho que tem uma renovação das histórias, também. Porque a gente tem feito, se você for ver o ciclo de histórias da dramaturgia, no Brasil, as histórias acabam se repetindo, não é? E, de repente, quando você pega os atores negros, esses personagens com um histórico diferente, acaba que traz um frescor à dramaturgia. Você assiste aquela história e diz: “Nunca tinha visto isso antes!”. Às vezes é a mesma história. A história que eu estou fazendo na novela, nada mais é que um “Romeu e Julieta”, só que é um romance inter-racial, e de repente, você assiste, e tem um sabor novo, você já ganha uma novidade no seu entretenimento.

STR: Você acha que televisão, no Brasil, seria uma ferramenta boa prá se trabalhar essa luta? É também, mas eu acho que o problema é muito grande prá você ter somente uma frente de combate. Acho que tem algumas mensagens que cabem mais facilmente no cinema do que na televisão, há um aprofundamento diferente que o cinema pode trazer e o cinema deixa um documento histórico, não é? A televisão, por ter um interesse financeiro, às vezes não permite esse aprofundamento. Acho que a gente tem que usar tudo, a gente tem que estar presente em tudo. O importante é todo mundo ter oportunidade de dar seu depoimento, seja lá onde for.
STR: Você usa o seu programa Espelhos (veiculado pelo Canal Brasil) como uma dessas ferramentas? Eu dirijo, apresento, ajudo a editar e produzo o Espelhos. O primeiro ano do programa foi para abrir uma discussão sobre questões ligadas à população negra. O segundo ano, em 2007, já foi um desdobramento dessa relação, para falar sobre pessoas que a gente admirasse, como D. Yvonne Lara, Alcione, ou para falar sobre assuntos como o amor e racismo. Já a temporada desse ano pretende falar sobre outros temas, que não seja cultura ou esporte, como tecnologia, saúde, sexo. E, nesse ano, a platéia ainda é de negros, mas a idéia é inserir a gente num contexto que não seja aquela do clichê dos assuntos que o negro discutiria na televisão. O programa de estréia é com Tom Zé.
STR: Planos para o futuro? Tem um filme que eu escrevo há dois anos, um dia eu termino – porque ser roteirista é um talento que precisa ser lapidado -, então eu ainda estou escrevendo esse roteiro, que em 2010 eu vou fazer. A história é de uma avó e uma neta, da relação delas duas e chama-se “Liberdade”. Vou falar de mulher, um universo muito mais interessante do que o masculino. Eu acho a cabeça das mulheres muito mais à frente do que a nossa. Acho que elas cometem várias falhas também. Mas o personagem feminino me interessa muito mais. Adoro a alma feminina, como contador de história. Tanto é que, às vezes eu noto, que alguns personagens meus, têm um aprofundamento que é feminino. O próprio “O homem que copiava”, tem um olhar feminino do personagem, tem uma delicadeza feminina ali. Tem uma complexidade da sutileza que é feminina.

STR: “Saneamento Básico, o Filme”, marca a quarta vez que você trabalha com Jorge Furtado. É uma preferência consciente? Eu adoro trabalhar com ele! É um diretor que eu admiro muito. Eu gosto muito da dramaturgia dele e os textos do Jorge, prá mim como ator, são muito fáceis de serem ditos. Eu leio o roteiro dele e já entendo. Eu tenho uma sintonia muito grande com ele.

sexta-feira, 21 de março de 2008

Lázaro Ramos, a entrevista - Parte I

A entrevista estava marcada para às 2 da tarde, no hotel onde Lázaro Ramos ia passar o fim de semana, em San Diego. O ator veio a convite do 15º San Diego Latino Festival, onde ele seria homenageado pelo conjunto da sua obra, e onde dois filmes onde ele atuou seriam apresentados: “Sanemaento Básico, o Filme”, de 2007, e “Carandiru” de 2003. Parece estranho falar em homenagem do conjunto da obra para um ator de 30 anos de idade? Bem, na verdade não! O ator já tem em seu currículo 25 filmes e 12 prêmios pelas suas atuações!

Eu já sabia que Lázaro viria direto do aeroporto para a entrevista, e que, provavelmente nos encontraríamos no lobby do hotel, e realmente foi isso o que aconteceu. Mas não estava preparada pela surpresa seguinte. O ator tinha que comprar um certo microfone, para a produtora da qual é dono, Lata Produções, numa certa loja de San Diego, que estaria aberta apenas hoje, até as 4 horas da tarde! Então, assim que nos cumprimentamos ele perguntou: “Você se importa de ir com a gente – ele tinha um representante do festival com ele, Tom Weber, como seu cicerone – nessa loja? Vai ser rapidinho!” Como negar um pedido tão charmoso como esse? Lá fomos nós!!!

San Diego recebeu o ator com um dia de céu azul, florido e de calor. Entramos na van de Tom e o rádio de Lázaro toca – pela resposta dele: “Oi, amor!”, só pode ser a esposa, Thaís Araújo. A conversa é rápida. Durante a viagem à loja falamos da cidade – é a primeira vez que o ator visita San Diego – eu dou dicas de lugares para visitar e ele pergunta sobre as praias: “A água é fria? Porque eu não gosto da temperatura da água nas praias do Rio! É muito fria!”. Lázaro nasceu na Bahia e, depois de 7 anos morando no Rio, ainda não aceita a temperatura das águas cariocas. Quando vai à praia, ele conta, fica na areia tomando água de coco ou anda de bicicleta na orla – mas, com o calendário ocupado que tem, isso parece ser um evento raro. Lázaro, que trabalha atualmente na novela Duas Caras, da Rede Globo, grava todo os dias, e aos domingos, ainda participa das gravações do programa Espelho, que é veiculado no Canal Brasil.

Chegamos à loja e Lázaro conversa com o vendedor no inglês que ele diz ser muito ruim: “O meu problema é a gramática! Esqueço de usar o passado!”. No que Tom responde, “É porque você tem futuro!”. O inglês não é tão ruim quanto ele acha, e o futuro tem planos aos montes! Amanhã, confira a entrevista que fiz com ele, quando voltamos ao hotel - e eu o carreguei para o Balboa Park, logo em frente - onde ele fala sobre esse futuro, relembra o passado e agradece pelo presente!

quinta-feira, 20 de março de 2008

É PRIMAVERA!!!




Uma parada na série Lázaro Ramos prá trazer um pouco da primavera da América do Norte prá vocês!!! No fim de semana devo fazer um passeio ao deserto e vou trazer mais!!!

quarta-feira, 19 de março de 2008

Quem é Lázaro Ramos?

Lázaro Ramos, fotografado por Simone Talarico no Balboa Park, San Diego, CA

Achei por bem fazer uma rápida retrospectiva e biografia do ator Lázaro Ramos, antes de mostrar a entrevista que fiz com ele em San Diego. Como ele apareceu para o público de massa há mais ou menos sete anos atrás, muitos brasileiros que moram fora do país, provavelmente não conhecem a trajetória desse astro em ascendência!

Nome Completo: Luis Lázaro Sacramento Ramos
Local de nascimento: Salvador, Bahia, Brasil
Data de nascimento: 01 de novembro de 1978
Signo: Escorpião
Filmografia:
2007 - Ó Pai Ó
2007 - Saneamento Básico, O Filme
2006 - O Cobrador
2005 - A Máquina
2005 - Desejo
2005 - Cafundó
2005 - Meu Tio Matou Um Cara
2002 - Madame Satã
2002 - As Três Marias
2000 - O Sabor da Paixão
1996 - Jenipapo

Madame Satã lhe rendeu dois prêmios internacionais. Melhor Ator nos festivais de Huelva, na Espanha, Quito, no Equador e em Lima, no Peru e dois nacionais (Mostra São Paulo e Troféu APCA).

O ator baiano fez cursos avulsos de teatro, dança, canto, e integra há nove anos o Bando de Teatro Olodum, dirigido por Marcio Meirelles e formado por atores negros, em Salvador.

Desde 1994 participou de mais de 14 espetáculos, incluindo o sucesso de público e crítica a peça “A Máquina”, de João Falcão, que estourou no eixo Rio-SP e o levou a trocar Salvador pelo Rio de Janeiro. Participou também das peças Mamãe Não Pode Saber, novamente sob direção de João Falcão.

No ano passado, Lázaro foi indicado ao Emmy Latino, por sua atuação como o Foguinho, da novela Cobras e Lagartos, da Rede Globo.

terça-feira, 18 de março de 2008

Brasileiro é premiado em festival de cinema de San Diego


O 15º Festival de Cinema Latino de San Diego terminou neste domingo e o resultado acaba de sair! Na lista dos premiados, um brasileiro: Guilherme Marcondes. O diretor ganhou o prêmio de melhor curta-metragem de animação por “Tyger”. Neste link você pode assistir a obra prima de Guilherme - inspirada no poema de mesmo nome de William Blake - que tem um brilhoso tigre que transforma pessoas em animais e plantas, e tem São Paulo ao fundo.


160 filmes de vários países latinos foram apresentados no festival e o Brasil também concorria em outras categorias, como na de melhor longa-metragem, com os filmes: “Carandiru”, “Noel, Poeta da Vila”, “O Cheiro do Ralo”, “O Passado”, “Onde andará Dulce Veiga?” e “Saneamento Básico, o Filme”. Este último foi exibido na sexta-feira, dia 14, e o ator Lázaro Ramos, que está no filme, esteve no Festival para apresentá-lo. Na categoria documentário, fomos representados por “Faixa de Areia” e na categoria de cinema experimental por “Rapsódia do Absurdo”. Você pode obter mais informações e assistir a trailers dos filmes no link do SDLFF.


Mas, ainda que os longa-metragens não tenham trazido nenhum prêmio para os brasileiros, nossos artistas estão com tudo pelas bandas do sul da Califórnia! O ator Lázaro Ramos recebeu um tributo em sua homenagem. Eu estive com ele nesse dia e você pode ver a minha entrevista completa com o ator que protagoniza, na novela Duas Caras, da Rede Globo, “o primeiro herói negro de uma novela das oito, no Brasil” - palavras de Lázaro!-, amanhã, aqui no Canarinho!

segunda-feira, 17 de março de 2008

E as primárias continuam pegando fogo!

Enquanto o candidato do partido Republicano à Casa Branca, o senador John McCain, visitou o Iraque ontem, tentando manter o interesse do povo americano na questão da guerra - mesmo com a economia sendo o tema de todas as conversas por aqui-, os dois pré-candidatos democratas perdem tempo se atacando e se defendedo.

Obama está às voltas com a repercussão de um sermão do pastor Jeremiah Wright, que há 20 anos é o mentor do senador. Wright afirmou que o “terrorismo” dos EUA provocou os atentados de 11 de setembro de 2001 e que os negros deveriam cantar ”Deus dane a América” em vez de “Deus salve a América”. Seus últimos ataques foram contra a senadora e ex-primeira-dama Hillary Clinton. O pastor disse que, sendo “branca e rica”, Hillary não é capaz de entender o que significa ser “negro e pobre” nos EUA.

Já Hillary Clinton continua na briga, tendo que lidar com surpresas como a saída de Geraldine Ferraro, que abandonou na última quarta-feira, o comitê financeiro da campanha da senadora pela candidatura do Partido Democrata à Casa Branca. Ferraro, primeira mulher candidata à vice-presidência nos EUA, na derrotada chapa de Walter Mondale em 1984, declarou que o senador Barack Obama “só está onde está por ser negro”.

terça-feira, 11 de março de 2008

Obama recusa oferta de Clinton

O democrata Barack Obama ridicularizou a idéia de ser vice-presidente na chapa de Hilary Clinton, afirmando que os eleitores vão ter que escolher entre os dois para a candidatura à Presidência da República.

Os Clintons têm sugerido que o senador poderia concorrer como vice, o que, para Obama seria uma forma de diminuí-lo e atrair eleitores indecisos, sugerindo que os democratas poderiam ter um sonho eleitoral, com os dois candidatos na mesma chapa .

Obama lembrou que ele lidera a disputa pela candidatura democrata à Casa Branca tanto no voto popular como no número de delegados à convenção nacional do partido. “Eu não entendo como alguém que está em segundo lugar está oferecendo a vice-presidência prá quem está em primeiro lugar! Não estou concorrendo a vice-presidente”, declarou Obama. “Estou concorrendo para ser presidente e comandante-em-chefe”.

domingo, 9 de março de 2008

Sapatos animalescamente corretos


Essa eu vi esse fim de semana nos jornais e achei que valia a pena comentar. A atriz Natalie Portman (foto) lançou uma linha de sapatos chiques que não utiliza couro de animal. Diz a atriz, de 26 anos, que é vegetariana assumida: “Eu sempre tive dificuldade em encontrar sapatos de designers que não fossem de couro. Espero oferecer uma opção para outros vegetarianos.” Os sapatos, desenhados pela atriz, são confeccionados sem produtos de origem animal.

A linha, lançada pela marca Té Casan Shoes para a temporada de Primavera 2008 americana, tem um preço alto, um par pode custar cerca de 265 dólares! Porém os sapatos da marca são feitos à mão, em edição limitada e 100% dos lucros que a atriz teria vão para uma organização que trabalha com a conservação ambiental.

sexta-feira, 7 de março de 2008

Cinema brasileiro na Califórnia

Não apareci aqui nesses dois últimos dias porque tenho me preparado para dois festivais de cinema que vão trazer filmes brasileiros prá Califórnia.

O primeiro é o San Diego Latino Festival, que vai durar 10 dias, e vai apresentar o filme Saneamento Básico, de Jorge Furtado e O Passado, de Hector Babenco e começou ontem. Hoje estou me preparando para entrevistar Lázaro Ramos, que trabalha no filme de Furtado.

O segundo é o Los Angeles Brazilian Festival, que vai ter cerca de 30 filmes brasileiros, incluindo 3 lançamentos mundiais, e vai acontecer apenas nesse fim de semana, então vou ter que rebolar prá participar.

Mas, prometo trazer todas as informações exclusivas que conseguir e vou falar mais dos festivais nos próximos posts!

É o Brasil conquistando a Califórnia!!!

terça-feira, 4 de março de 2008

Hilary continua na corrida

Passa das nove da noite, aqui na Califórnia, e os resultados das primárias de hoje podem ser decisivos para democratas.

Para os republicanos, essa certeza já veio durante o dia e John McCain consolidou sua vitória na disputa como candidato à Presidência dos EUA, nas próximas eleições.

Dos quatro estados onde os democratas disputam as primárias, Obama ganhou em Vermont, mas Hilary ganhou em Rhode Island e agora, confirmado, em Ohio também. Se, como a senhora Clinton disse em um discurso “Onde Ohio vai, a Nação segue!”, ela ganha força depois de 11 perdas consecutivas. Agora faltam os resultados do estado do Texas, onde os números estão muito próximos para se ter um resultado definitivo.

De qualquer forma, Barack Obama ou Hilary Clinton, vocês já pararam prá pensar que estamos assistindo história ser escrita? Um negro e uma mulher - ambos considerados minorias - na frente para a corrida à Casa Branca, como forte candidato???!!!

segunda-feira, 3 de março de 2008

3 trilhões de dólares é o preço das guerras de Bush

Essa eu vi lá no Vida Global e tive que trazer prá cá. As guerras do Iraque e do Afeganistão vão custar US$ 3 trilhões aos Estados Unidos. Essa é a previsão do ex-vice-presidente do Banco Mundial Joseph Stiglitz, ganhador do Prêmio Nobel de Economia.

Além dos US$ 845 bilhões já autorizados pelo Congresso, o cálculo inclui a reposição das armas utilizadas e os gastos de longo prazo com os veteranos de guerra que, como já comentei aqui, com a ajuda de novas tecnologias e da evolução no campo da medicina, tem sobreviventes que em tempos passados seria impossível de se pensar viável.

Quando a guerra do Iraque começou, em março de 2003, o então secretário da Defesa, Donald Rumsfeld, considerou exageradas estimativas de que custaria US$ 200 bilhões. O subsecretário da Defesa na época, Paul Wolfowitz, chegou a afirmar que a guerra se pagaria com a renda da produção de petróleo do Iraque.

Stiglitz e Linda Bilmes, que lançam hoje o livro "A Guerra de Três Bilhões de Dólares", temem que o custo total das guerras de Bush supere o da Segunda Guerra Mundial, estimado, em valores atualizados, em US$ 5 trilhões.

E tem gente por aqui, que ainda acha que a crise na economia não tem ligação alguma com as guerras que o país tem que manter.