O que Martin Luther King e Heath Ledger não têm em comum

Ontem, segunda-feira, foi comemorado o dia de Martin Luther King aqui, nos EUA. O aniversário de King teria sido no dia 15 de janeiro, mas como já expliquei, aqui, os feriados são puxados para as segundas feiras. Na verdade, esse é um outro feirado fajuto, porque quem ganha o dia de folga mesmo são somente as crianças e os funcionários públicos, além do pessoal da bolsa de Nova Iorque. Mas. o dia é feito para lembrar os feitos desse herói.

Foi um dia de inverno corrido e não deu tempo de escrever, então queria falar hoje de Martin Luther King e discutir um pouco da importância dele na história das lutas pelos direitos civis aqui. Mas, acabo de entrar na internet e ver a notícia da morte de um ator, ainda no começo do parecia que ia ser uma bela carreira, Heath Ledger, o rapaz da foto.

Os rumores de que a morte do ator de Brokeback Mountain (que ganhou vários Oscars no ano passado, mas não o de melhor filme) teria sido devido ao uso de drogas que são vendidas em farmácias - não aquelas que são consideradas ilegais - ou talvez até suicídio chamou-me atenção para a questão do vazio que esse geração parece carregar, aqui.

Apesar de Ledger ser australiano, o jovem morava nos EUA há bastante tempo. Algumas entrevistas que eu pude ver e ler aqui com o ator me deixavam a sensação de que ele era um insatisfeito com o que fazia e com o que era. Parecia ser ele um menino sem sonhos. Diferente do Rei, que os tinha muitos. Gerações à parte, talvez se Ledger tivesse conhecido um pouco mais da história de King, uma tragédia como essa poderia ter sido evitada. Ou não…