quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Greve no estilo americano


Pelo o que eu entendi, até agora, morando um pouco mais de um ano aqui, greve é coisa séria para os cidadãos americanos. Os sindicatos são instituições muito fortes e quando decidem utilizar o instrumento da greve para negociar, são bastante respeitados.

O exemplo atual é o da greve de roteiristas de cinema, rádio e televisão, que são os profissionais que escrevem os textos de filmes, séries de televisão e até mesmo as piadinhas dos programas de entrevistas. A greve começou em novembro e só agora parece estar sendo resolvida.

Mas, algo que me impressionou foi a fidelidade dos profissionais que trabalham nessa área. Enquanto alguns roteiristas formavam piquetes em frente de alguns estúdios de gravação, ninguém se atrevia a passar por entre essas barreiras para ir trabalhar. E isso aqui é questão de honra, eles até têm uma expressão que diz “não atravesse a linha de piquete”, uma tradução péssima, pessoal, mas em inglês talvez faça mais senso prá vocês “don’t cross the piquet line“.

E, se vocês pensam que isso só acontece com esta categoria, ledo engano. Eu também já vi aqui a greve de caixas de supermercados e o modus operandi é o mesmo: ninguém entra! Todos aqui parecem ter a mesma consiência da importância e da força da greve quando uma categoria não tem nenhuma outra carta para barganhar melhores condições de trabalho ou um aumento de salário. E o respeito pelo outro acontece naturalmente, porque amanhã pode ser a nossa categoria na luta.

Um comentário:

Anônimo disse...

Dessa greve eu soh sei que estou sem capitulo novo do Desperate Housewifes ehehehe..
Mas acho que eles tem razao, o salario precisa ser melhor, eh injustoas estrelas ganherem milhoes e eles soh ficarem a ve navios :0)
bjs