quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Show brasileiro em terra estrangeira

Ontem à noite fui, pela primeira vez, ao show de um artista brasileiro aqui. O artista, Caetano Velloso, divulgando seu CD Cê. O palco, Civic Auditorium, em Pasadena, Los Angeles. Quarta-feira, 8 da noite.

Fui à muitos shows no Brasil de vários artistas, brasileiros e não. A maioria era ao estilo “de pé, no empurra-empurra”. Outros, em mesas. Me divertia em ambos. Mas aqui, os shows são geralmente em auditórios, ou estádios tão somente, e você fica sentado. Particulamente, nesse de ontem, o local era como um teatro, com cadeiras numeradas.

Além dessa diferença, uma surpresa. O show começou atrasado - quinze minutos! Hahaha! Nem acreditei! Já esperei duas horas para o começo de um show! Já fui à show, em que o artista - a banda Legião Urbana, prá quem lembra - não compareceu! Então, vocês podem imaginar minha surpresa quando às 8:10 anunciaram o início do show? Esses americanos…

O show foi maravilhoso. Eu sou fã, então seria, de qualquer forma. Mas, ficar sentada não foi muito confortável, prá mim. Claro que, nas músicas mais dançantes - ele até cantou um frevo, como eu ia ficar parada? - eu saltava da poltrona e no final, todo mundo já estava de pé!
Ninguém fumava, alguns soltavam os gritinhos nas horas que o que mais se queria era silêncio para ouvir aquela voz, mas no geral, as pessoas foram educadas. Uma experiência diferente, e ainda ssim, divertida.

Um comentário:

david santos disse...

Por favor!
Ajuda a que se faça Justiça a Flávia. Se és um ser com sentimentos, ajuda!
Eu jamais invadirei teu blogue, garanto! Mas ajuda.
Repara bem: eu, tu, seja quem for, tem nosso pai, nossa mãe, nosso irmão ou irmã, ao longo de 10 anos em coma, que vida será a nossa?
Se não tivermos a solidariedade de alguém com sentimentos, que será de nós?

TEMPO SEM VENTO

Ah, maldito! Tempo,
Que me vais matando,
Com o tempo.
A mim, que não me vendi.
Se fosses como o vento,
Que vai passando,
Mas vendo,
Mostrava-te o que já vi.

Mas tu não queres ver,
Eu sei!
Contudo, vais ferindo
E remoendo,
Como quem sabe morder,
Mas ainda não acabei
Nem de ti estou fugindo,
Atrás dos que vão correndo.

Se é isso que tu queres,
Ir matando,
Escondendo e abafando,
Não fazendo como o vento:
Poder fazer e não veres
Aqueles que vais levando,
Mas a mim? Nem com o tempo!

David Santos