quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Sobre terremotos

Vocês podem pensar que eu sou meio neurótica com essas coisas, porque há uns posts atrás falei sobre as precauções que se deve ter aqui por causa dos incêndios, muito comuns aqui na Califórnia e nessa época do ano. Mas, esse tipo de acontecimento faz parte da vida dos americanos. E eu vou ter que entrar nessa onda também, se quiser sobreviver por aqui!
Aqui, na costa oeste não chegamos a ter tornados, furacões ou tufões. O medo que todo mundo guarda é de terremotos. Não sou geóloga, sou jornalista, então não vou ficar aqui tentando dar aulas da geografia do planeta, mas a área do Pacífico é muito instável em termos de placas tectônicas. Elas estão sempre se mexendo. Dizem que todo dia há abalos sísmicos, só que a gente não percebe.

A coisa aqui na Califórnia é um pouco mais assustadora por causa da chamada "Falha de Santo André". A falha de Santo André ou de San Andreas é uma falha geológica tangencial que se prolonga ao longo de cerca de 1290 km através da Califórnia. Essa falha marca um limite entre a placa do Pacífico e a placa Norte-americana. É uma falha famosa por produzir terremotos grandes e devastadores como o que destruiu a cidade de San Francisco no início do século XX. A falha, devido ao movimento das placas, é dinâmica e poderá culminar com a separação de parte do Estado da Califórnia do continente Norte-Americano! Esse terremoto já tem até nome: "Big One" e todo mundo espera pelo dia que ele vai chegar, ou não! Cientistas dizem que ele vai ser tão forte que, do subsolo, virá uma explosão que vai arremessar para os ares, a uma altura de mais de dez metros do chão, prédios, casas, árvores, pontes e viadutos. E pessoas. O Big One teria uma força de destruição semelhante à de 25 mil bombas atômicas!!! A foto abaixo é da vista aérea, de uma parte da falha, que dá prá se ver na superfície; é só clicar nela prá ir ao seu domínio:

Como ultimamente esses abalos estão ocorrendo com uma certa frequência pelo mundo (Peru, México, Indonésia) eu ando com um pressentimento de que vamos ter um tremorzinho por aqui também - não o Big One, mas suficientemente big prá assustar. Por isso já estou investigando todas as formas de prevenção.

Os americanos aprendem o que fazer no acontecimento de alguma dessas tragédias, ainda na pré-escola - mas eu não! Além de orientarem as pessoas a ficar debaixo de estruturas fortes como mesas e batentes de portas, especialistas dizem que também é preciso prender móveis, como estantes, à parede, e até a utilizar um tipo de gel que deve ser colocado embaixo de enfeites ou bibelôts que estejam espalhados pela casa, para que eles fiquem colados e não saiam voando, no caso de um abalo forte. Televisão também pode virar uma arma contra você e principalmente contra crianças e animais domésticos, no caso de um terremoto, então o melhor é prendê-las às paredes!

Aqui em casa ainda temos muito que fazer para nos prevenir, mas vale a pena. Mas, como sempre devemos olhar prá qualquer tragédia pelo lado positivo, a única coisa que seria positiva caso acontecesse o Big One (e a gente sobrevivesse, lógico!) é que, apesar de eu morar num vale, há 40 minutos da praia mais próxima, a água subiria até aqui e eu estaria a minutos de caminhada de um paraíso... (brincadeirinha...)!

Essa matéria da Isto É tem uma explicação boa sobre essa história e ainda faz uma retrospectiva de terremotos que aconteceram por aqui, prá quem quiser!

2 comentários:

Anônimo disse...

Os terremotos dai devem ser fichinha perto da violência e impunidade daqui...
Beijos

Anônimo disse...

Por aqui há com fartura... terramotos!