Sistema de Saúde nos EUA
Ainda não comentei aqui no que estou trabalhando nesse país. Pois é. Cheguei aqui em agosto, ou melhor meu corpo e coração chegaram, mas minha mente ainda estava no Brasil. Explico: quando vim prá cá havia acabado de me formar em jornalismo e minha formatura ia ser no dia 20 de outubro, e prá completar eu fazia parte da Comissão, que tinha apenas mais uma pessoa, minha amiga querida, Maura.
Bom, quando saí de lá achei que tudo estava bem adiantado, e que não ia ter muito o quê fazer mas, caí na realidade de que no Brasil quando você acha que já está tudo certo e que as pessoas vão fazer os serviços que foram contratados para fazer, durante os próximos meses vivia - literalmente - na internet com a Maura, tentando resolver os últimos preparativos.
Tudo deu certo, e voltamos ao Brasil no final de outubro. Quando voltei, não tinha muito o que fazer, e ser dona de casa não estava nos meus planos - nada contra!-, e aí sim resolvi procurar uma ocupação, dentro da minha área.
Bom, quando saí de lá achei que tudo estava bem adiantado, e que não ia ter muito o quê fazer mas, caí na realidade de que no Brasil quando você acha que já está tudo certo e que as pessoas vão fazer os serviços que foram contratados para fazer, durante os próximos meses vivia - literalmente - na internet com a Maura, tentando resolver os últimos preparativos.
Tudo deu certo, e voltamos ao Brasil no final de outubro. Quando voltei, não tinha muito o que fazer, e ser dona de casa não estava nos meus planos - nada contra!-, e aí sim resolvi procurar uma ocupação, dentro da minha área.
Mas, como acontece no Brasil, prá você conseguir algo na sua área é importante conhecer gente do meio, ter feito estágios nas empresas que gostaria de trabalhar, e apesar de ter feito ótimos estágios no Brasil - no jornal impresso da prefeitura do Rio como repórter (subindo morro e tudo!); câmera e editora no laboratório de tevê da universidade; editora de texto, de imagem e repórter na Rede Bandeirantes - aqui isso não vale praticamente nada!
Depois de colocar meu currículo em todo site de emprego que via, fui chamada prá uma entrevista que parecia ser na área de saúde. Vale mencionar que, antes da faculdade de jornalismo, trabalhei 8 anos em enfermagem, então, apesar de não querer voltar para os hospitais, resolvi checar a oportunidade.
Na verdade, a entrevista era uma apresentação de uma companhia de seguros de saúde e de vida. Eu achei fantástico o entusiasmo com que James - hoje meu gerente superior - falava do produto, em detrimento de outros no mercado. Resolvi investigar sobre o assunto aqui e percebi que não dava prá entender muito bem como as coisas funcionavam nessa área.
Como mais nada apareceu e eu estava ansiosa prá trabalhar em algo - já estava considerando McDonalds e lojas de departamento! - fui em frente. Aqui, prá você vender seguros de qualquer tipo tem que tirar uma licença, através de uma quantidade de horas de aulas e depois prova. Depois de 7 dias de aulas das 8 da manhã às 5 da tarde e de uma prova nada fácil, tinha minha licença nas mãos.
E aí começou o treinamento na empresa. Isso foi em janeiro. Em fevereiro fiz minha primeira venda e de lá prá cá tenho aprendido muito sobre o sistema de saúde americano, algo que acho hoje de imprescindível importância prá quem resolveu morar aqui, porque além de ser bastante diferente do brasileiro, é bastante perigoso em termos finaceiros.
Não sei se o filme Sicko está em cartaz no Brasil, mas aqui está sendo considerado um dos melhores documentários de Michael Moore, justamente porque ele discute esse sitema. Vou dar uma idéia geral deste funcionamento no meu próximo post.
3 comentários:
Então vou aguardar para comentar...muito interessante. Sabia que virei uma consultora de beleza com vendedoras e tudo. Acho que a Comunicação me ajudou muito...rs...tô adorando!!!
Nossa, amiguinha...só tenho um seguro de saude bom, porque veio junto com o emprego do meu marido há 7 anos. Saude aqui é simplesmente horrivel. E até os medicos usam a medicina pra enrriquecer. Medicina aqui é $$$$$$.
E isso é terrivel. Eles sao podres de rico, pq ganham muita grana e cobram caro. Se a pessoa nao tem seguro(que muitas vezes nao cobrem nada) e tem que pagar uma consulta medica...vai ter que arranjar o dinheiro pra pagar. Um exemplo, minha filha tem seguro que vem junto com o pacote que ela paga na universidade...uma vez ela precisou ir ao gineco e chegou uma conta de 250 dolares pra ela pagar. O seguro dela se recusou a pagar ( ora bolas, que m. é essa? )
Fico furiosa com isso. Espero que quando a Hillary Clinton for eleita, essa palhaçada acabe de uma vez. tenho fé que mude.
bjos,
me
Simone,
Don't even get me started! Esse negocio de seguro saude aqui me deixa furiosa. Eu mesma, no momento nao tenho nenhum seguro. Eu e o meu marido somos trabalhadores autonomos, o que significa que nao temos direito atraves do empregador. Muitas das companhias de seguro saude nao aceitam "individuals", somente grupos. O preco para pessoas na nossa situacao e' altissimo, embora sejamos completamente saudaveis...
A opcao e' pagar $200 por mes por pessoa para cobrir o que eles chamam "catastrofe," ou seja, somente situacoes extremas.
O sistema daqui e' baseado somente em lucro. E' uma M..... Chego a sentir falta da porcaria do INPS e da Santa Casa. Pelo menos no Brasil eu sei que se eu precisar visitar um hospital nao receberei uma conta de 5 mil dolares para pagar. De que vale ter uma medicina das mais avancadas do mundo se eu nao tenho acesso nem ao basico e a prevencao?
Se ha uma coisa que eu ODEIO nesse pais (alem das guerras e do governo atual) e o sistema de saude, ou devo dizer, "the lack of thereof."
Nas proximas eleicoes uma das coisas que vai definitivamente determinar o meu voto e' a plataforma do canditad@ no que diz respeito a saude.
Bjs.
Regina
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