sexta-feira, 6 de julho de 2007

18 anos de idade? Fora!


Ainda sob a influência daquela pesquisa que comentei aqui do Pew Research Center, Marriage and Parenting (aliás, coloquei uma pesquisa prá gente fazer juntos, nesse link ), algo que observo ser bem diferente nesse país é o momento em que os jovens saem de casa, numa família americana.

Como eles podem dirigir aos 16 anos e, geralmente têm carro (é comum os pais darem o carro antigo para os filhos quando eles completam 16 anos e comprarem um novo prá eles), o sentido de independência é tangível. Então, como nessa época eles já estão na faculdade, eles querem se livrar do policiamento dos pais e logo alugam um lugar prá eles, dividindo com amigos, ou escolhem os dormitórios das próprias faculdades onde eles estudam, prá morar. E claro, todos trabalham, sejam eles de uma família de classe média alta ou não.

Os pais aqui já estão preparados para a saída dos filhos de casa e também educam seus pimpolhos para serem independentes, desde bem pequenos. E, pelo que vejo aqui, quando um jovem com 20 anos de idade, por exemplo, ainda mora com os pais - o que é bastante incomum - a situação é quase vergonhosa, para o jovem, e incômoda, para os pais.

Desde cedo eles aprendem como cuidar da casa, porque todos ajudam nas tarefas domésticas, afinal ninguém aqui pode ter empregada como no Brasil (só a Angelina Jolie e seus coleguinhas têm esse privilégio), no máximo uma faxineira (que fica três horas na sua casa e cobra U$ 100,00!!!). Eles também são ensinados a lidar com o próprio dinheiro desde bem jovens e aprendem certas burocracias americanas bem cedo. É claro que estou falando de uma forma geral, afinal esse é o único modo que podemos conversar, não dá prá ficar falando sobre todas as exceções, né?

Mas, acho isso tão diferente do que acontece - de novo - de uma forma geral, no Brasil. Conheço pessoas lá que têm 30 anos de idade e, porque ainda não se casaram, ainda estão na casa dos pais. E às vezes mesmo quando se casam, continuam lá! Entendo todas as razões prá isso: muitos ajudam nas despesas, se sentem confortáveis porque têm todos os luxos que não seriam capazes de manter, se sozinhos, sentem-se protegidos, enfim. Diferentes soluções para diferentes culturas.

3 comentários:

Sonho Meu disse...

Oi amiguinha,
ainda to aqui em NOLA. To voltando sabado que vem, pois o maridao sente a minha ausencia pra caramba. hehehehehe
Amiga... de uma certa forma eu gosto do american way of life, pois sou casada com americano...mas tem certas coisas que nos brasileiros fazemos bem melhor. Em meu caso a mistura de culturas na criacao dos filhos valeu apena. Eles receberam o dengo de mim e a seriedade e independencia do lado paterno. muitas vezes foi dificel...mas pesando e trocando em miudos...deu certo.
bjos,
me

raquelmoniz disse...

Os americanos são sem duvida independentes, mas cada vez mais este conceito espalha-se pelo mundo.
Sou dos Açores (umas ilhas portuguesas perdidas no meio do Atlântico) e mesmo cá, onde determinados costumes são difíceis de mudar, este tipo de vivência dá os seus primeiros passos.

Simone disse...

Acho q realmente a mistura das culturas deve ser bastante benéfica,hein?